Super Bowl: A defesa é o melhor ataque

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Por: Junior Kawachi

Na NFL cada time tem praticamente três times diferentes. Um time para o ataque, com o astro do time o quarterback, um time para defesa que entra em campo quando o quarterback do adversário está em campo e um time de “especialistas” geralmente usados em cobranças de field goals, punts e etc.

Mas após o Super Bowl 56 devemos olhar para a importância em se defender de forma eficiente. Ambas as equipes, Los Angeles Rams e Cincinati Bengals tem defesas fortes, e foi com através delas que alcançaram a grande final do futebol americano. É comum olharmos para os pontos, para os ataques, quarterbacks famosos, sim eles tem papel importante e tiveram também nessa decisão, mas que realmente brilhou foi a defesa.

O campeão, Los Angeles Rams, voltou ao Super Bowl depois do vice campeonato na temporada 2018. Uma final icônica, pois colocou frente a frente o técnico mais jovem em um Super Bowl, Sean McVay e a lenda, Bill Belichik. Presa fácil no último título de Tom Brady com a camisa dos Patriots, McVay teve tempo para se preparar novamente para um Super Bowl.

A montagem do elenco é importantíssima em qualquer modalidade de esporte coletivo, mas montar um elenco com mais de 50 atletas é realmente um jogo de xadrez. Não há receita de bolo, e a montagem do elenco campeão parecia ir ser o oposto do usual. Grandes estrelas, porém veteranos, com desempenho abaixo da média em temporadas anteriores. Mas, deu certo.

Aaron Donald, cirúrgico para fazer a jogada do título, colocando Jon Burrow ao solo. Von Miller, que no auge da carreira deu o Super Bowl ao Denver Broncos, fez uma excelente pós temporada e esteve muito bem na final.

Reparem, até agora não falamos de Matthew Stafford, o quarterback campeão. Sim, ele teve sua importância, conduziu uma campanha longa queimando tempo do relógio para virar o jogo com pouco mais de um minuto para o fim da partida. Mas nada brilhante, nada mágico, apenas o que se espera de um QB que já está na 13ª temporada na NFL.

No jogo de defesas, a mais estrelada e experiente levou a melhor. E agora? Vamos aguardar setembro, para ver uma NFL diferente, depois de 22 anos sem Tom Brady e talvez cada vez mais valorizando defesas, já que quarterbacks mágicos estão em falta no mercado. Ou porque se aposentaram ou os poucos já estão empregados.

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